Desenvolver conceitos no ensino de arte nem sempre é algo
tranquilo e fácil.
Como explorar conceitos como apropriação e
ressignificação? Temas centrais na arte contemporânea e fundamentais em muitos
movimentos artísticos modernistas.
O problema reside por não se tratar de simples exposição
do conceito. Ou de desenvolvimento de práticas abstratas pouco significativas
para o aluno dentro do processo.
Durante as diversas vivências em arte que venho desenvolvendo para o estudo e aprofundamento deste tema, recentemente, desenvolvi com os alunos dos terceiros anos do Ensino Médio, a produção de MEMES.
A partir da apropriação (ready made) L.H.O.O.Q. (1919),
de Marcel Duchamp e das Mona Lisas de Nelson Leirner (2012), exploramos os
conceitos problematizados pelos artistas.
O debate das aulas havia se construído entrono das
proposições dadaístas, elementos como a presença da ironia na narrativa e a
crítica ao contexto artístico, político e social haviam sido problematizados na
produção dos jornais:
Nestes jornais os alunos entrevistaram um dos fundadores
do movimento dadaísta. Questionaram no trabalho pontos conceituais e
contextuais do movimento. É a pesquisa direcionada propriamente dita. O professor seleciona dentro do material de apoio didático (livro didático, sites específicos, artigos selecionados impressos, etc.) conteúdos a serem problematizados dentro do objetivo da prática educativa. No caso desta atividade, especificamente, o material de apoio referencial foi o livro didático público e os capítulos referentes ao tema.
Neste tipo de condicionamento de pesquisa, o olhar do aluno se concentra nos conceitos e contextos problematizados pelo próprio professor. Entretanto, devemos nos atentar que esses alunos apresentam lacunas, decorrente de dificuldades de vocabulário, ou até mesmo da prática da pesquisa. Logo, as lacunas devem ser preenchidas, ou respondidas, através de uma atividade complementar.
Como continuidades da experiência refletiram sobre as relações entre as ações de Marcel Duchamp em 1917, na Exposição dos Artistas Independentes em Nova Iorque, e o happening de Nelson Leirner com o Porco Empalhado em 1967, no Salão de Brasília:
Neste tipo de condicionamento de pesquisa, o olhar do aluno se concentra nos conceitos e contextos problematizados pelo próprio professor. Entretanto, devemos nos atentar que esses alunos apresentam lacunas, decorrente de dificuldades de vocabulário, ou até mesmo da prática da pesquisa. Logo, as lacunas devem ser preenchidas, ou respondidas, através de uma atividade complementar.
Como continuidades da experiência refletiram sobre as relações entre as ações de Marcel Duchamp em 1917, na Exposição dos Artistas Independentes em Nova Iorque, e o happening de Nelson Leirner com o Porco Empalhado em 1967, no Salão de Brasília:
Os MEMES como produção visual, são apropriações de fatos,
ironizados, explorando-o de forma bem-humorada as contradições presentes na
cena. Como problema central da proposição da aula estabeleci que os alunos
deveriam cruzar obras de arte com o tema Copa do Mundo.
Como resultado, tivemos temas correntes como as quedas de
Neymar, personagens como Tite e atletas belgas. Temas recentes na memória
futebolística brasileira e correntes na imprensa nacional.
Como ferramenta de produção exploramos o Power point. Apostando na construção colaborativa como forma de produção visto a dificuldade de acesso aos materiais (computadores e, em algumas situações até mesmo os aparelhos celulares). Desse modo, a construção de uma composição de colagem digital com opiniões diversas, desde a ação seletiva das imagens a sobreposição e escolha do texto, estimulam o diálogo criativo.